quarta-feira, 25 de junho de 2008


Vira e mexe nos deparamos com os mesmos sentimentos de antes, aqueles velhos e tristes problemas daí parece que vivemos em órbita girando em torno de uns vários corações (só que eles mudam de dono constantemente) , e quando tudo acontece você lembra de todos os outros que já passaram e fica só os flashs da vida, aqueles velhos beijos, as juras eternas, as promessas, o falso "eu te amo", o verdadeiro adeus. Na verdade, quando o coração esvazia tudo fica tão preto no branco, sem aventura nenhuma.
Aquela coisa de pega daqui e dali é tão gostoso, de começar nos beijinhos e terminar no cigarro é fascinante.. amor é arte, é pensar, sentir, beijar, gostar, se envolver, transar, olhar, dormir e sonhar nessa ordem, mas como tudo nem são flores nem apenas espinhos vem um vento forte e fim.
Se o sinal passar agora a verde ou o carro em sentido contrário for branco, se não chover até amanhã, o telemóvel tocar no próximo minuto, eu chegar em casa antes de ser noite ou se depois da esquina estiver alguém em pé à espera; se este cão atravessar a estrada ou o homem gordo me sorrir de volta, se o miúdo der a mão à mãe ao cruzar a passadeira, a farmácia estiver aberta e eu for atendida logo; se a nuvem em forma de oito não se desfizer em zeros ou se ainda houver o jornal de ontem na papelaria da esquina; se atrás do pombo ali pousado vier um outro, a seguir o amoroso trilho, ou se o locutor repetir a palavra hoje entre os dois noticiários; se aquela moto me ultrapassar antes de eu curvar para a esquerda ou se a matrícula da frente for ímpar, é porque você realmente gosta de mim, e assim acreditarei que podes me ajudar.

2 comentários:

Anônimo disse...

Infelizmente, o amor nem sempre é do jeitinho que a gente quer...

Desirée disse...

adorei o texto, é bem assim "juras falsas e adeus sincero" parabéns. bjinhus