quarta-feira, 30 de abril de 2008

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Caminhamos ao encontro do amor e do desejo.
Não buscamos lições nem a amarga filosofia que se exige da grandeza.
Além do sol dos beijos e dos perfumes selvagens.
Tudo o mais nos parece fútil.

quarta-feira, 23 de abril de 2008



.. Por favor, não me empurre de volta ao sem volta de mim,há muito tempo estava acostumado a apenas consumir pessoas como se consomem cigarros, a gente fuma, esmaga a ponta no cinzeiro, depois vira na privada, puxa a descarga, pronto, acabou. Desculpe mas foi só mais um engano? E quantos ainda restam na palma da minha mão? Ah, me socorre que hoje não quero fechar a porta com essa fome na boca..
Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és..
E lembra-te :
Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão.

Lembras..


De quando pulávamos no campo; da bola a acertar as poças de chuva, a imaginarmo filhos sardentos à beirinha de uma casa de praia bordada a cães rafeiros e sardinheiras, quando nem sabíamos como se faziam filhos. Tu juravas uma qualquer coisa eterna, que não era amor mas também não era eterna e se durasse até ao toque para a aula de matemática já seria muito, seria demais. Davamos as mãos às escondidas e os dedos picavam-se, dormentes, quando os separávamos à pressa ao vislumbre do vigilante, um bruto persistente com bico de águia no lugar do nariz. Valiam os recantos em obras, a casa de banho das meninas, as traseiras do ginásio e a antecâmara da sala de música, onde o mofo nos enluvava as línguas, o escuro soltava-nos a vergonha e nós nos tacteávamos de bocas lambuzadas como chupas e engolíamos o travo acre dos primeiros cigarros do outro.

terça-feira, 22 de abril de 2008



Meu coração vagabundo tá querendo te ver, se desprendeu do meu peito e só pensa em você, a cada hora que passa aumenta o querer, se for assim desse jeito vai me convencer..
Quero teu corpo suado colado em cima do meu, quero você sussurrando e dizendo que eu sou seu, quero tua boca na minha e teu cheiro no meu prazer, quero deitar do teu lado e acordar com você, meu coração vagabundo voltou-se contra o meu querer ele era de todo mundo e agora só quer você, já tá selado seu jeito seu nome no meu amor é só me dar um sorriso e me chamar que eu vou!

segunda-feira, 21 de abril de 2008


Se me perguntas, digo que sim, que podes falar à vontade, que nada me constrange nem me faz mudar de cor. Estou habituada a seguir em frente pelos terrenos por ti minados e em manter esta aparência fresca de quem acabou de sair do cabeleireiro depois de um mergulho na praia. Mesmo quando me rebentas sob os pés, estilhaçada continuo. À suspeita de uma mina mal-enterrada ou ao vislumbre de uma granada de mão, nem me tento desviar, não me abrigo nem me cubro a cabeça com os braços: avanço resoluto e piso o teu chão com mais força ainda, como se te esmagasse a felicidade sem mim que teimas em embandeirar em arco.

domingo, 20 de abril de 2008

É então também isto, o Amor: a completude no olhar e no sorriso do outro, o antônimo da sua ausência e as lembranças boas que abancam, decididas, como um tia velhota que nos chegue para o chá. Lembranças douradas pela cortesia afável da nossa memória seletiva, dourar a pílula. É tão fácil voltar aqueles dias antes destes, quando tudo nos era ainda luminoso e carregado de possibilidades, de hipóteses que nunca chegamos a pôr em prática. Mais ou menos a partir de agora (desde sempre?) pagamos com a ausência no rosto o peso da lonjura dos outros, carregamos o fardo de termos sido tanto e tão pouco, só tanto (um dia). Não há descanso nem sossego no conhecimento, há apenas silêncio (sabes que te circulo nas veias e te segrego bílis e desprezo, por entre loopings e cambalhotas e gargalhadas nervosas).

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Que vergonha, agora, quando penso nos disparates confessados, nas juras de amor sôfregas, remoídas na solidão do quarto, as paredes a fazerem-te as vezes. Que vergonha,tantos despudor e promessas aos santinhos da minha devoção, para que te pusessem no meu caminho, para que não pudesses viver sem mim. Que tolice, tantos impropérios gritados em silêncio, as febres, a fome, o choro contido nos entremeios dos lençóis. Eu, amarrotada, como os lençóis. Que perda de tempo, a pedicite desnecessária, a choraminguice, o beicinho inútil. A paixão é uma cegueira danada, uma solidão desmiolada, egoísta, absorta, desligada. A paixão afugenta o bom-senso, a razão e a bondade das coisas, de todas as coisas. Enquanto ilumina o outro como um vitral de igreja e o refrata para todos os lados, num bailado colorido, acinzenta e esbate as formas do que é importante. É injusta, mentirosa e supérflua. Mas, um dia, estranhamente, quando menos esperamos, o nosso eu adormecido, o capaz de amar mesmo algures alguém e muito, desperta do sono envenenado como a princesa de uma fábula; sacode dos ombros os restos do seu sonho moribundo e acorda para a vida verdadeira, para os caminhos sinuosos do Amor de Fato, aquele que sobrevive nos meandros entediantes das afecções diárias. A paixão é um rebate falso, uma promessa de nada, uma perda de tempo e de saúde, dez passos à retaguarda, cinco à caranguejo. Por isso, regozija-te: estou finalmente acesa para a vida e alegremente te digo, nunca saberás o que perdeste.

Divirto-me a trepar e a descer a hierarquia dos meus amores, como se me empoleirasse numa daquelas escadas de pintor com dois lados, no meio de uma sala entulhada de berimbegues coloridos, a minha vida está cheia. Percebo que todos sem exceção foram amores, sempre atrevidos, alguns desmesurados e excessivos, como os saltos das botas que gosto de usar ou as palavras com que gosto de me enterter. Noto, beliscando-me a pele da memória, que nenhum me foi especialmente doloroso, mas também nenhum me foi indiferente: ainda hoje, gosto de todos, amavelmente, só não gosto ti. Reparo que não te enquadras na fotografia de grupo, não és uma daquelas caras sorridentes que me brindam de copo no ar e no entretanto balanço-me no escadote, escalando e deixando para trás, aos meus amores. Tu, vejo agora, estás num dos cantos da sala vazia, os jornais espalhados pelo assoalho a proteger dos pingos de tinta como nos protegemos das lágrimas. Olhas-me do vértice onde te páras e um raio oblíquo de sol parte-te ao meio o sorriso complacente, deixa medir-se os amores que foram os outros, é deixar... está entertida, isto passa. Às tantas levantas, aproximas-te de mim, com um encolher de ombros, desatas a pintar-nos em todos os sentidos e a várias demãos: os outros, os degraus, a estrutura de alumínio, os outros (salpicas-me o pé esquerdo, vale que a tinta é de água). Só tu, para, num ápice (enquanto o Diabo esfrega um olho, aquele onde lhe caiu um pingo de tinta grosso), fazeres desaparecer todos o resto.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Liga-me, e eu não acredito, deve ser engano, as linhas que se trocaram, o teu dedo que escorregou para o meu contato já esquecido. Liga-me, e eu penso que não, que não vou atender, que devo estar a ver mal, que só podes estar a brincar, que é primeiro de abril, dia das bruxas, a sentir-me tola, idiota paralisada, emparedada no tom de toque, à espera que desistas, que percebas o erro e que o telefone se cale. Liga-me, e eu a olhar para o nada, pasmada, transida, está nos apanhados. Liga-me, e eu a cismar no que poderás crer: um livro teu que ficou na estante, um cedê enfiado na aparelhagem da sala, umas calças perdidas no cesto da roupa, um relógio escondido na gaveta da comoda (uns beijos teus no meu corpo, guardados, esquecidos, vestidos de pó), uma assinatura necessária num papel oficial. Liga-me, te devo dinheiro?, me deves desculpas?; se calhar vais casar, ter um filho (vais ter gêmeos); quem sabe um acidente, alguém que morreu, um escândalo, uma revolução, um cataclismo atômico à escala mundial. Liga-me, e eu a pensar que apostaste com um amigo que eu atenderia logo, que assim empatas o tédio, que sorris com maldade para outra, deitada ao teu lado, enquanto enches o peito fútil à espera que eu atenda e fale, a palavra, vais ver. Liga-me, e eu por segundos imagino a conversa e treino a compostura, recolho um soluço que me empata o ar, carrego um canino sobre o lábio inferior, quase sangro nem noto, e fecho a boca para que por ela não me saia, disparado, o coração aflito. Liga-me, e eu não atendo, poupo-te ao embaraço e ao inferno das explicações, aos olás de circunstância, deixo que toques e toques e que vás por fim parar às mensagens. Liga-me, e eu espero, desejo e espero, que despejes para um gravador o teu erro, o teu tédio, o teu gozo, os pedidos, as desculpas, as incríveis novidades do mundo ou, quem sabe, a precisão dos beijos empoeirados que esqueceste e deixaste em mim.

quarta-feira, 16 de abril de 2008


"Um cantinho e um violão este amor, uma canção
Pra fazer feliz a quem se ama
Muita calma pra pensar e ter tempo pra sonhar
Da janela vê-se o Corcovado o Redentor que lindo
Quero a vida sempre assim com você perto de mim
Até o apagar da velha chama..
E eu que era triste descrente deste mundo
Ao encontrar você eu conheci o que é felicidade meu amor"
'E tive-te, atrás do espelho, todas as manhãs da minha vida. Porque foi sempre para ti que me quis bonita, mesmo nos dias escuros. É em ti que penso, quando escolho a roupa ou escovo o cabelo, todos os dias. Na possibilidade de te encontrar, no acaso de uma esquina. (...) porque não havia de te encontrar? Queria ser a mesma, nesse encontro. A mesma, com a luz das rugas que me faltavam no tempo em que nos metíamos por dentro do corpo um do outro como se sozinhos fôssemos apenas pedaços de um corpo mutilado.
Adormeci todas as noites da minha vida nos teus ombros estreitos de adolescente eterno. (...) deixaste de me procurar. Creio que te fazias encontrado comigo, mas como eu também me fazia encontrada contigo, nunca cheguei a ter a certeza de que, de fato, me procuravas. Repetir-me-ias muitas e muitas vezes que não eras talhado para a vida conjugal. (...) Pouco importa. Posso ter inventado tudo, menos o fulgor perfeito dos nossos corpos juntos. Uma vida inteira não basta para apagar da pele o peso magnífico desse fulgor. Só sexo, disseram-me as amigas íntimas, quando eu ainda chorava com elas a saudade do êxtase.(...) deixei de te fazer declarações de amor. Julgava-me madura, ardilosa - pensava que bastava prescindir das palavras para não te perder. Mas não eram as minhas palavras que te perdiam. (...) Se eu contasse às minhas amigas que as tuas palavras eram estas, apenas estas, sussurradas com um sorriso trocista de timidez, elas fariam troça de mim. De nós. Por isso contei apenas o essencial: que tu me fazias sentir bela. Que conseguiste que eu me sentisse bela a vida inteira.(...) Um dia desisti de ti. Tive medo de deixar de fazer parte do mundo, de continuar sozinha contigo, só sexo. Conheci um homem que seria indigno trair, um homem que me seduziu porque era o oposto de ti. E decidi ser feliz..."

terça-feira, 15 de abril de 2008

Fora da Rotina


Vem, meu menino vadio
Vem, sem mentir pra você
Vem, mas vem sem fantasia
Que da noite pro dia
Você não vai crescer
Vem, por favor não evites
Meu amor, meus convites
Minha dor, meus apelos
Vou te envolver nos cabelos
Vem perder-te em meus braços
Pelo amor de Deus
Vem que eu te quero fraco
Vem que eu te quero tolo
Vem que eu te quero todo meu

Ah, eu quero te dizer
Que o instante de te ver
Custou tanto penar
Não vou me arrepender
Só vim te convencer
Que eu vim pra não morrer
De tanto te esperar
Eu quero te contar
Das chuvas que apanhei
Das noites que varei
No escuro a te buscar
Eu quero te mostrar
As marcas que ganhei
Nas lutas contra o rei
Nas discussões com Deus
E agora que cheguei
Eu quero a recompensa
Eu quero a prenda imensa
Dos carinhos teus

Sem fantasia
Chico Buarque/1967

segunda-feira, 14 de abril de 2008


Nunca acreditei no ditado, "só se esquece um amor com um outro" e agora confirmo com total convicção que é a mais pura verdade, e parece até que o amor é bem mais avassalador que todos os outros que você já viveu. Estou apenas amando!

"Você é bem como eu
Conhece o que é ser assim
Só que dessa historia
Ninguém sabe o fim
Você não leva pra casa
E só faz o quer
Eu sou seu homem
Você é minha mulher"


segunda-feira, 7 de abril de 2008


Nenhuma pedra, decidiu. E virou a garrafa outra vez no copo. Aprendera com ele, nem gostava antes. Tempo perdido, pura perda de tempo. E não me venha dizer mas que teve bons momentos, não teve não? A cabeça dele abandonada em seus joelhos, você deslizando devagar entre os cabelos daquele homem. Pudesse ver seu próprio rosto: nesses momentos você ganhava luz e sorria sem sorrir, olhos fechados, toda plena. Isso não valeu Adelina?

Bebeu outro gole um pouco sofrêga. Precisava apressar-se, antes que a quinta virasse Sexta-Feira Santa e os pecados começassem a pulular na memória feito macacos engaiolados: não beba, não cante, não fale nome feio, não use vermelho, o diabo está solto, leva sua alma para o inferno. Ela já estava lá, no meio das chamas, pobre alminha, nem dez da noite, só filmes sacros na tevê, mantos sagrados, aquelas coisas, Sexta-Feira da Paixão e nem sexo, nem ao menos sexo, isso de meter, morder, gemer, gozar, dormir. Aquela coisas frouxa, aquela coisa gorda, aquela coisa sob os lençóis,aquela coisa no escuro,roçar molhado de pêlos,baba e gemidos depois de - quantos mesmo? - cinco, cinco anos. Cinco anos são alguma coisa quando se tem quase quarenta, e nem apartamento próprio, nem marido, nem filhos, herança: nada. Ponto seco, ponto morto.

domingo, 6 de abril de 2008


"Chorar por tudo que se perdeu, por tudo que apenas ameaçou e não chegou a ser, pelo que perdi de mim, pelo ontem morto, pelo hoje sujo, pelo amanhã que não existe, pelo muito que amei e não me amaram, pelo que tentei ser correto e não foram comigo. Meu coração sangra com uma dor que não consigo comunicar a ninguém, recuso todos os toques e ignoro todas as tentativas de aproximação. Tenho vontade de gritar que esta dor é só minha, de pedir que me deixem em paz e só com ela, como um cão com seu osso".

sábado, 5 de abril de 2008

Lei de Murphy

"Não, feliz eu não estou, sai pra lá mazela, todo dia é uma coisa a mais ou a menos pra mim, e os dias? Até parece que todos eles são domingos chuvosos, ah coração bandido, parece que sempre escolhe o caminho errado, ruim não é meu coração ruim sou eu mesmo que me deixo levar por essa merda toda, vai uma cerveja?Me embreagar pra que?Se quando a sensação acaba parece que as coisas voltam piores, porque bêbo só faz merda..cigarro? Não essa porra ainda me mata um dia, vou me relaxar debaixo das minhas tristezas, me embebedando de toda essa minha loucura, com café ou chá, por que isso? Acaba não, acaba não!"
"Mas, eu quero dizer, e ele me corta mansa, claro que você não tem culpa, coração, caímos exatamente na mesma ratoeira, a única diferença é que você pensa que pode escapar, e eu quero chafurdar na dor deste ferro enfiado fundo na minha garganta seca que só umedece com vodka,me passa o cigarro, não, não estou desesperada, não mais do que sempre estive, nada especial, baby, não estou louca nem bêbada, estou é lúcida pra caralho e sei claramente que não tenho nenhuma saída, ah não se preocupe, meu bem, depois que você sair tomo banho frio, leite quente com mel de eucalipto, ginseng e lexotan, depois deito, depois durmo, depois acordo e passo uma semana a banchá e arroz integral, absolutamente santa, absolutamnte pura, absolutamente limpa, depois tomo outro porre, cheiro cinco gramas, bato o carro numa esquina ou ligo para você às quatro da madrugada e alugo a cabeça dum panaca qualquer choromingando coisas tipo preciso-tanto-uma-razão-para-viver-e-sei-que-essa-razão-só-está-dentro-de-mim-bababá-bababá e me lamurio até o sol pintar atrás daqueles edifícios sinistros, mas não se preocupe, não vou tomar nenhuma medida drástica, a não ser continuar, tem coisa mais autodestrutiva do que insistir sem fé nenhuma?"

"Sabe que o meu gostar por você chegou a ser amor, pois se eu me comovia vendo você pois se eu acordava no meio da noite só pra ver você dormindo meu deus como você me doía de vez em quando, eu vou ficar esperando você numa tarde cinzenta de inverno bem no meio duma praça, então os meus braços não vão ser suficientes para abraçar você e a minha voz vai querer dizer tanta mas tanta coisa que eu vou ficar calada um tempo enorme só olhando você sem dizer nada só olhando e pensando meu deus mas como você me dói de vez em quando."

sexta-feira, 4 de abril de 2008


Acabou, nem um pouco simples!

quinta-feira, 3 de abril de 2008

sozinha


"Preciso que haja mudança em meu peito, preciso que haja esquecimento em minha mente, e que haja um pouco menos de dor no meu coração! Ainda lembro de você, e de coisas que eu não queria lembrar, apenas pra te esquecer, mas parece que a cada canto do meu mundo cabe um pedaço das tuas atitudes!"
"Mente ao meu coração, que cansado de sofrer, só deseja adormecer na palma da tua mão..
conta ao meu coração história das crianças para que ele reviva as velhas esperanças
Mente ao meu coração, mentiras cor de rosa que as mentiras de amor não deixam cicatrizes,
e tu és a mentira mais gostosa, de todas as mentiras que tu dizes"

Levando a vida numa boa


A felicidade requer trabalho, mas não um trabalho intenso, como acredita a maioria das pessoas. Acima de tudo, a felicidade requer que se preste atenção à vida.
No mundo de hoje é muito fácil a gente esquecer das coisas importantes que contribuem para a felicidade e ir atrás daquelas que não contribuem.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Carta ao leitor

L.C.

Meu erro foi não seguir meus princípios.Foi esquecer o que sou e me deixar levar. Foi deixar que uma noite me tirasse teu sorriso. Meu erro foi esquecer que você existe. Foi permitir que a raiva me dominasse. Foi esquecer da tua importância pra mim, foi enfim, te magoar. Peço hoje que me perdoe e se um dia puder, volte a confiar em mim. Sei o quão grave foi o meu erro, mas você pra mim é incondicional!
Eu te amo muito

R.M.


"Lembrar é fácil!Difícil é te esquecer.. vamos tentar de novo?Você sabe que eu te amo!"

Em pleno dia da mentira...difícil é acreditar!

Fato



“Estou desorganizada porque perdi o que não precisava? Nesta minha nova covardia – a covardia é o que de mais novo já me aconteceu, é a minha maior aventura, essa minha covardia é um campo tão amplo que só a grande coragem me leva a aceitá-la –, na minha nova covardia, que é como acordar de manhã na casa de um estrangeiro, não sei se terei coragem de simplesmente ir. É difícil perder-se. É tão difícil que provavelmente arrumarei depressa um modo de me achar, mesmo que achar-me mesmo seja de novo a mentira que vivo.”

terça-feira, 1 de abril de 2008

Quando Nietzsche chorou

Cara Lou


Não escrevas cartas como aquela para mim! Que tenho a ver com essa desventura? Gostaria que pudesses te elevar diante de mim de modo que não tivesse que te desprezar.
Mas Lou! Que tipo de cartas estás escrevendo? Colegiais ávidas por vingança escrevem assim! Que tenho a ver com essa lástimas? Por favor, compreende, quero que te eleves diante de mim, não que te reduzas. Como posso perdoar-te se não reconheço mais aquele ser em ti pelo qual poderias chegar a ser perdoada?
Não, cara Lou, ainda estamos a uma longa distância do perdão. Não posso sacar o perdão de minhas mangas depois que a ofensa teve quatro meses para penetrar em mim.
Adeus, cara Lou, não te verei novamente. Protege tua alma de tais ações e pratica o bem para os outros e, especialmente para o meu amigo Rée, o que não pudeste fazer de bom para mim.
Não fui eu quem criou o mundo e, Lou, gostaria de ter criado - então, conseguiria suportar toda culpa por terem as coisas entre nós tomando o rumo que tomaram.
Adeus, cara Lou, não li tua carta até o fim, mas já havia lido demais...

F.N.