terça-feira, 1 de abril de 2008

Quando Nietzsche chorou

Cara Lou


Não escrevas cartas como aquela para mim! Que tenho a ver com essa desventura? Gostaria que pudesses te elevar diante de mim de modo que não tivesse que te desprezar.
Mas Lou! Que tipo de cartas estás escrevendo? Colegiais ávidas por vingança escrevem assim! Que tenho a ver com essa lástimas? Por favor, compreende, quero que te eleves diante de mim, não que te reduzas. Como posso perdoar-te se não reconheço mais aquele ser em ti pelo qual poderias chegar a ser perdoada?
Não, cara Lou, ainda estamos a uma longa distância do perdão. Não posso sacar o perdão de minhas mangas depois que a ofensa teve quatro meses para penetrar em mim.
Adeus, cara Lou, não te verei novamente. Protege tua alma de tais ações e pratica o bem para os outros e, especialmente para o meu amigo Rée, o que não pudeste fazer de bom para mim.
Não fui eu quem criou o mundo e, Lou, gostaria de ter criado - então, conseguiria suportar toda culpa por terem as coisas entre nós tomando o rumo que tomaram.
Adeus, cara Lou, não li tua carta até o fim, mas já havia lido demais...

F.N.

Nenhum comentário: