sábado, 3 de maio de 2008


Mais um dia em que me embalo e aconchego no quentinho das lembranças e das vontades por cumprir, que nascem do rasto mentiroso das primeiras. Não sei se te dê a mão e te pegue ou te deixe na roda do convento para que outras te amparem, ou então te esqueça para sempre no canto mais remoto do infantário, enroscado no teu umbigo a murmurares colo. Não sei se te puxe, se te empurre, se te amarre uma venda e te rodopie obrigando-te à cabra cega, ou se te dê o peito e te alimente como uma loba que se rói de prazer e saiamos por aí a fundar cidades, daquelas importantes, rodeadas de portos marítimos bons para o comércio e para as guerras. Dava-me um jeito danado, esquecer-me da superlatividade dos teus beijos. Acredita que deitaria muitas menos palavras fora.



"Sempre lhe faltara o sentido de orientação.Não se espantou portanto, por tão facilmente se ter perdido nos seus braços"

Um comentário:

Davi de Castro disse...

Olá! Gostei bastante dos seus textos, proporcianaram uma viagem introspectiva.
Aguardo sua visita em meu blog.
Saudações!